sexta-feira, 10 de agosto de 2007

O mundo na esquina

No final da década de 60, no Brasil, um numeroso grupo de compositores e instrumentistas mineiros começou a despontar no ambiente da música popular brasileira produzindo canções que uniam, com competência, elementos de manifestações de cultura regionais a outros importados do exterior. Tendo a sua frente Milton Nascimento (carioca de nascimento e mineiro de criação), esse grupo recebeu o nome de Clube da Esquina.

Embora alguns desses músicos tenham nascido no interior de Minas Gerais ou fora do Estado, foi em Belo Horizonte que o encontro deles se deu. Os bares e a noite foram os palcos das primeiras reuniões. Ainda muito influenciados pela bossa nova, os jovens músicos se apresentavam em trios instrumentais, tendo no repertório sambas, jazz e bossas. Entre os instrumentistas estavam Toninho Horta, Helvius Vilela, Nivaldo Ornelas e Paulo Braga. A guitarra elétrica logo foi agregada às formações.

Harmonia os mineiros tinha de sobra para enriquecer as melodias de suas próprias músicas e também daquelas que interpretavam, fossem elas jazz, rock ou cantigas folclóricas. São nomeados como integrantes do Clube: os letristas Fernando Brant, Márcio Borges e Ronaldo Bastos; os instrumentistas Novelli, Cláudio Venturini, Vermelho, Wagner Tiso, Robertinho Silva e Nelson Ângelo; e os compositores Beto Guedes, Flávio Venturini, Tavinho Moura e Lô Borges, sendo que o nome do grupo se deve a este último, porque era numaesquina do bairro de Santa Tereza, em Belo Horizonte, que ele se encontrava com alguns amigos para tocar violão e compor músicas.